domingo, 4 de março de 2007

Governador do Sertão

Vi Lampião xaxando na capoeira
Por detrás da ribanceira
Tinha uma lua pra eu oiá
Tocou zabumba quase que a noite inteira
Colocou a cabruêra no terreiro pra dançar
Antôim Silvino já era fabuloso
Lampião astucioso
Não podia nem sonhar
Seu pai foi morto por bala da puliça
Resolveu largar preguiça
No sertão foi guerrear
Era o rei do cangaço, era meu capitão
Autodenominado Governador do Sertão
E tome légua, tome chão, tome chapada
Num vejo terra moiada
Só tem seca em meu sertão
Eu sou devoto, sou cabôco submisso
Peço pro meu padim Ciço
Mande chuva pra esse chão
Era brabo, era malvado
Virgolino Lampião
Mas era, pra que negar
Na fibras do coração
O mais perfeito retrato
Das caatingas do sertão
(Galvão Jr.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Êêêita Piiiula, será uma seleuma, ou quem sabe uma virgula, só sei que o tempo é curto, não da de pensar pra parar, zabumba fala grosso e nego engrossa o pescosso o suor dece no rêgo e sem poder pedir arrego as canelas sautam no ar, entre o pé e o chão pragatas amarronzadas quase falam a zuada igualando-se à canção cauzando inpressão pintada no bordão da voz menina entoada, merecendo dispensar do meu pouco tempo de vida, com mãos já encalacidas prosar baxinho no ouvido de minha dona querida pelas flores dezejadas, que alí naquele momento caíremos no esquecimento da labuta a esperar passo uma mão no seu ombro e outra em sua cintura e indo pra parte mais ecura pra vengonha não nos achar e assim ficamos atoa lermbranças de coisas boas me vem logo no pensar que valeu apena as milhas láá de longe de minha vila pra a tal Êita Piula cantar vesos pelo ar